Trabalhos da Faculdade de Arquitetura recebem Prêmio Zélia Maia Nobre

Alunos egressos foram premiados pelos melhores projetos de conclusão de curso de Alagoas
Por Manuella Soares - jornalista
16/12/2022 10h21

Dois Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) da Ufal foram premiados pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Alagoas (CAU-AL). A 8ª edição do Prêmio Zélia Maia Nobre concedeu o terceiro lugar ao egresso Wemerson Soares e o 1º lugar para Marthina de Albuquerque, que concluíram seus trabalhos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-Ufal).

A cerimônia de premiação foi realizada na última segunda-feira (12) organizada pela Comissão de Ensino e Formação (CEF) do Conselho e teve como objetivo estimular e difundir a prática da projetação nos TCCs da área em Alagoas.

Foram selecionados para concorrer ao Prêmio os alunos da graduação de instituições públicas ou privadas que tiveram seus trabalhos de conclusão apresentados e aprovados no período de 2 de outubro de 2021 a 1º de outubro de 2022. Para concorrer, os TCCs deveriam ter como produto final um projeto arquitetônico, urbanístico ou paisagístico.

Marthina recebeu o 1º lugar com o projeto A arte de conhecer o mundo: Anteprojeto de uma escola modelo no bairro Garça Torta. “Ser premiada com o primeiro lugar no prêmio Zélia Maia Nobre é o reconhecimento de algo que começou a ser construído em 2016 - ano de ingressão no curso de Arquitetura e Urbanismo. Esse trabalho revela muito sobre o que eu sou e sobre o que eu acredito para a arquitetura nos dias atuais. E profissionalmente, além de receber o reconhecimento do Conselho que rege a categoria dos profissionais da minha classe o prêmio traz uma visibilidade e um incentivo para mim que estou construindo o meu espaço no mercado de trabalho”, destacou.

A egressa falou com carinho sobre tudo o que aprendeu na Ufal: “É uma honra poder representar a Ufal e por consequência a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Campus A. C. Simões. Se hoje eu consegui chegar até aqui foi por conta dos ensinamentos que foram construídos nos corredores daquela faculdade”.

Já o ex-aluno Wemerson, que também representou a Ufal no Prêmio, ficou em 3º lugar com o projeto Co-Urbe: Moradia feita para mudar. “É uma conquista de todo o esforço e dedicação pessoal ao longo do meu percurso no ensino público, desde o ensino técnico em edificações pelo Ifal até a graduação em Arquitetura pela Ufal. Ao decorrer do curso de graduação já conhecia o prêmio e tinha interesse em participar com o meu TFG, então a escolha da temática de um projeto como trabalho final de graduação acabou sendo norteado pela participação do prêmio. A visibilidade e reconhecimento que o prêmio proporciona só tem a somar nesse início de vida profissional”, comemorou Wemerson.

Os vencedores receberam uma premiação em dinheiro que totalizou R$ 12 mil divididos pelos primeiros colocados. O prêmio Zélia Maia Nobre já está consolidado em Alagoas e é reconhecido como um incentivo e um indicador para a qualidade do ensino das IES em Arquitetura e Urbanismo.

Projetos vencedores

O trabalho de Marthina foi um anteprojeto arquitetônico de uma pré-escola modelo para crianças de 3 a 6 anos, de acesso público, situada no bairro de Garça Torta na cidade de Maceió – AL. A ideia é baseada numa pedagogia socioconstrutivista de Jean Piaget que atrela a arte educação e dá outro sentido à escola como território comunitário de aprendizagem.

O TCC foi orientado pela professora Thaísa Sampaio (FAU-Ufal) e a problemática é estruturada na crítica de reprodução de ambientes de ensino infantil baseados na cultura e necessidades do século 20. “A revisão da literatura traz conceitos como a arquitetura escolar, a educação artística na pré-escola, a situação das escolas públicas no Brasil, exemplos de instituições escolares inovadoras e criativas e estudos de especialistas, que subsidiaram a síntese de diretrizes projetuais para escolas do século 21”, ressalta Marthina.

Já o trabalho de Wemerson, orientado pelo professor Ricardo Leão, foi a proposta de um edifício vertical com arquitetura flexível, tendo como foco a moradia compartilhada. “No trabalho foi proposto um projeto que buscou repensar a forma como projetamos, construímos e compartilhamos nossas moradias ao longo do tempo a partir da criação de uma ‘arquitetura neutra’ capaz de comportar facilmente diferentes arranjos espaciais e sistemas construtivos desde as etapas de projeto até a conclusão da construção”, contextualiza.

Confira nos anexo o resultado dos projetos.