Projeto de extensão recebe prêmio internacional por atividades de reciclagem

Premiação foi destinada à Unidade de Educação Infantil da Ufal e será utilizado para melhorias no espaço físico e compra de material
Por Ascom Ufal
27/09/2021 15h52
Participantes do projeto com os materiais enviados à Terracycle

Participantes do projeto com os materiais enviados à Terracycle

O projeto de extensão Eliminando a ideia de lixo, superando o desperdício, do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) da Universidade Federal de Alagoas, foi premiado em segundo lugar no concurso internacional Keep On Recycling, promovido pela empresa Terracycle. O concurso, que ocorreu em 16 países, teve como prêmio R$ 3.300,00 e foi destinado à Unidade de Educação Infantil Professora Telma Vitória da Ufal. O valor será utilizado para realizar melhorias no espaço físico da unidade ou para compra de material didático-pedagógico.

Somente no mês de agosto, o projeto enviou para a reciclagem 10,8 kg de instrumentos de escrita, 28,4 kg de sachês de leite em pó, 9,7 kg de embalagens de chocolates e 13,7 kg de esponjas. Todas essas embalagens serão devidamente recicladas pela Terracycle e, segundo a professora Jadriane Xavier, coordenadora do projeto, isso significa que menos materiais serão extraídos da natureza para produzir alguns objetos. “Além disso, essa ação trará benefícios para a Unidade de Educação Infantil Professora Telma Vitória, que atua em parceria com a Semed [Secretaria Municipal de Educação]”, disse.

Ela destaca o apoio da Ufal para a execução das ações do projeto que tem dado o suporte de espaço físico e transporte para armazenagem e coleta do material. “O projeto conta com a participação de alunos dos cursos de Química e Engenharia Ambiental, que além de participarem da triagem dos resíduos, estão engajados na construção de conteúdo para divulgação e ampliação do projeto. Logo, logo teremos uma página nas redes sociais”, anunciou.

“A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão faz do aluno o protagonista da sua formação técnica e cidadã. Cada um desses três pilares contribui para um processo de ensino-aprendizagem eficiente e a comunidade precisa ter um papel de participante ativa com troca de saberes, em especial, no que tange a práticas sustentáveis nos espaços formais e não-formais de ensino”, explicou a professora, que é também embaixadora do Lixo Zero em Alagoas.

O projeto conta ainda com a mentoria da professora Fabrícia Ferreira, que tem atuado em parceria com a Cooperativa de Limpeza Urbana de Maceió (Cooplum), promovendo a destinação adequada de resíduos de difícil reciclagem, evitando que sejam descartados nos aterros sanitários.

Ela estruturou um projeto de extensão com foco na inclusão social, proteção ambiental e desenvolvimento econômico. “O projeto atende ainda a vários dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e suas metas, e promove um rico debate sobre a gestão de resíduos nas residências das famílias atendidas pela instituição de ensino e toda a comunidade acadêmica”, afirmou.

Projeto de Extensão

Com o objetivo principal de desviar dos aterros sanitários resíduos de difícil reciclagem e encaminhar estes resíduos para a Terracycle, empresa líder no desenvolvimento de tecnologias para a reciclagem de resíduos de difícil reciclagem, o projeto utiliza o principal instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a Logística Reversa, e, dessa forma, o resíduo antes descartado, é reinserido na cadeia produtiva, reduzindo a lotação de aterros e lixões e, consequentemente, reduzindo a poluição ambiental.

A destinação adequada de resíduos plásticos, promove um aumento nos índices de reciclagem desse polímero versátil, já que, infelizmente, não ultrapassa 2% do total de resíduos plásticos produzido no Brasil.

“Praticar a responsabilidade compartilhada também prevista pela Política Nacional de Resíduos Sólidos contribui para movimentar a economia. Além disso, programas de reciclagem como os promovidos por empresas como a Terracycle ainda beneficia instituições sem fins lucrativos como escolas públicas”, destacou a professora.