Unidade de Educação Infantil da Ufal promove projetos virtuais com as crianças

Ações também celebram o Dia Nacional da Educação Infantil e sua importância para a educação brasileira
Por Janaina Alves - Relações Públicas
25/08/2020 09h58 - Atualizado em 26/08/2020 às 20h25

Quando o assunto é a Educação Infantil, nem todo mundo lembra da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), maior instituição de ensino superior do Estado. No entanto, além de espaço de formação de inúmeros pedagogos, psicopedagogos e demais profissionais que atuam no ensino infantil, a Ufal também oferece essa modalidade de ensino para crianças oriundas da comunidade acadêmica: filhos de alunos ou servidores da Ufal, ou ainda, moradores da comunidade circunvizinha.

Neste 25 de agosto – Dia Nacional da Educação Infantil – data criada pela Lei nº 12.602/ 2012, que instituiu o Dia Nacional da Educação Infantil, em homenagem à médica Zilda Arns e seu relevante trabalho pela causa, prestamos nossa homenagem à Unidade de Educação Infantil Professora Telma Vitória, que funciona no Campus A.C. Simões, em Maceió.

Destinada ao atendimento dessas crianças, vem desenvolvendo uma série de atividades remotas desde a suspensão do atendimento presencial, em março. A equipe pedagógica, juntamente com a gestão da unidade, verificou a necessidade de desenvolver projetos que diminuíssem a distância entre as famílias. De acordo com a Idnelma Rocha, gestora da unidade, o intuito é “possibilitar a manutenção da relação com as famílias atendidas e apoiá-las nesse momento tão atípico, além disso garantir a continuidade do pertencimento e do vínculo das crianças com seus educadores, minimizando o distanciamento através do uso de tecnologias digitais, principalmente das redes sociais", explicou.

A equipe multidisciplinar tem disponibilizado para as famílias materiais audiovisuais e escritos com diversos temas, desde orientações nutricionais, de saúde e desenvolvimento infantil, com sugestões e dicas de literatura, brincadeiras e outras experiências, que possam fomentar o envolvimento das crianças nas atividades domésticas de forma lúdica no contexto familiar.

“Além desses materiais, também temos promovido encontros virtuais com a gestão e os profissionais da saúde, nutrição e psicologia, em que as famílias são ouvidas em suas dificuldades, dilemas, dúvidas e os profissionais dão um apoio profissional com orientações, por telefone ou Whatsapp”, reforçou Idnelma.  Todo o material produzido neste momento está disponível em ambiente virtual para acesso das famílias.

Vale ressaltar que as atividades não são obrigatórias, pois não fazem parte do cronograma letivo, ou seja, não são conteúdos programáticos. No entanto, servem como uma rede de apoio e de sugestões que favorecem o estreitamento da relação das famílias com as crianças, ajudando na criação de memórias afetivas e significativas desse período e que contribuam para que as crianças continuem se desenvolvendo integralmente em seu ambiente familiar, sendo enfatizados os direitos de brincar, conviver, explorar, expressar-se, participar e conhecer-se.

Foi assim que nasceram os projetos Memórias de Famílias, um apoio às famílias por meio de propostas brincantes que favoreçam as vivências das crianças no contexto domiciliar durante o isolamento social; Dicas da Nutri e Heróis da Nutrição, desenvolvidos pela equipe de nutrição da unidade com o objetivo de estimular uma alimentação saudável durante esse período, estimulando o consumo de frutas, verduras e recomendando evitar o consumo excessivo de guloseimas por parte das crianças.

Parcerias institucionais

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) destinou cestas e itens básicos da alimentação para todas as crianças com matrículas ativas no mês de abril. A unidade também participa de um programa de Educação Ambiental em parceria com a TerraCycle, organização sem fins lucrativos que atua com reciclagem e destinação correta de resíduos. O projeto envolve iniciativas no âmbito da reciclagem, redução de resíduos, reaproveitamento de alimentos, produção de produtos de higiene sustentáveis, através de oficinas que são desenvolvidas com a participação de professores do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) da Ufal, visando o estabelecimento de hábitos sustentáveis.

“É uma política da unidade estabelecer parcerias. Acreditamos que essa possibilidade de interação entre pesquisadores, professores, técnicos e estudantes agrega ao processo educacional e contribui para ofertarmos um atendimento educacional cada vez melhor para crianças”, explicou Idelma Rocha.

Formação continuada

A unidade infantil da universidade tem buscado o aperfeiçoamento contínuo de seu equipe por meio de projetos de formação continuada também na modalidade remota. São realizados encontros virtuais periódicos e socialização e indicação de material de estudos.

“Estamos entrando agora em discussões acerca da preparação para um retorno futuro, com discussões sobre protocolos de saúde, cuidados, prevenção e higienização dos espaços, brinquedos e material pedagógico; acolhimento e relações socioemocionais; questões de ordem administrativa e pedagógicas quanto às adaptações no espaço físico, adequações do funcionamento da Unidade e das práticas cotidianas e proposta pedagógica para garantir o distanciamento, segurança e saúde das crianças, profissionais e famílias e todos os seus direitos”, esclareceu Idnelma. Essas ações têm contado com a parceria e a participação de professores dos cursos das áreas de saúde, psicologia e educação da Universidade.

A unidade está organizando um material sobre as experiências adquiridas que farão parte de uma série de webinários organizados pelas Associação Nacional das Unidades Universitárias Federais de Educação Infantil (Anuufei), com início em 25 de agosto, data em que se comemora o Dia Nacional da Educação Infantil.

Questionada também sobre a importância de se comemorar esta data na Ufal, Idnelma reforça que a educação infantil é uma etapa de grande relevância para o desenvolvimento humano, sendo considerada para o desenvolvimento dos aspectos físico, social e afetivo que vão impactar por toda a vida adulta. “Reconhecer essa importância, valorizar as experiências vividas pelas crianças, dar visibilidade a essa etapa é muito importante para a Universidade, considerando que é um espaço de formação de tantos profissionais que vão atuar com esse público e, principalmente quando se tem em seu âmbito, uma unidade com esse fim de ofertar educação infantil para as crianças da comunidade e servir como campo de estágios, pesquisas e práticas”, concluiu.