Trabalho da Ufal sobre prática paradesportiva é premiado

Certificação ocorrerá durante o Seminário Internacional Paralímpico Escolar a se realizar em Aracaju, desta quinta-feira (18) a domingo (21)
Por Diana Monteiro - jornalista
17/07/2019 07h50 - Atualizado em 16/07/2019 às 16h46
Projeto realizado na Ufal deve estimular e desenvolver a prática esportiva para pessoas com deficiência visual no Estado (Fotos: Arquivo Pessoal)

Projeto realizado na Ufal deve estimular e desenvolver a prática esportiva para pessoas com deficiência visual no Estado (Fotos: Arquivo Pessoal)

Os alunos Renato Vitor da Silva Tavares e Maria Natálha Gomes da Silva, respectivamente do quarto e sexto períodos do curso de Educação Física do Campus A. C. Simões, estão entre os selecionados do país que receberão prêmio durante o Seminário Internacional Paralímpico Escolar 2019 a se realizar em Aracaju, desta quinta-feira (18) a domingo (21). O evento, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), tem como objetivo geral valorizar a produção científico - acadêmica relacionada à prática paradesportiva em instituições de ensino. Assim como a premiação, tem como público-alvo profissionais e alunos de Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Terapia Ocupacional e áreas afins, além de profissionais que atuam com o ensino do esporte adaptado e/ou paralímpico.

O Seminário Internacional definiu sete áreas temáticas e o trabalho premiado da Ufal está entre os dez selecionados. Denominado de “Aptidão física de pessoas com  deficiência visual praticantes de goalball”, foi selecionado na área temática  Classificação funcional  e avaliação motora nos esportes adaptados. O trabalho teve orientação da professora Neiza Fumes e é fruto do projeto de extensão Goalball: além da sua prática, coordenado por ela. Neiza também é docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE),.

O projeto contou com o apoio da Pró-reitoria de Extensão (Proex) e os premiados explicam que foi desenvolvido com o intuito de consolidar as ações do Grupo de Estudos e Extensão em Atividade Motora Adaptada (GEEAMA), principalmente para a formação de profissionais para atuarem com a pessoa com deficiência em diferentes contextos educativos, além de estimular e desenvolver a prática esportiva para pessoas com deficiência visual no Estado.

“Visou ainda analisar o impacto da prática do goalball nas capacidades físicas, habilidades motoras, qualidade de vida e significações acerca da deficiência e do esporte de pessoas com deficiência visual de um centro educacional especializado de Maceió”, reforçam Renato e Natálha. 

Experiência e Projeção

Pela segunda vez  por meio do Grupo de Estudos GEEAMA, Natálha Gomes e Renato Tavares recebem premiação. A primeira em nível institucional, quando da realização do 1º Seminário Institucional de Monitoria da Ufal. Sobre o prêmio a ser recebido no Seminário Internacional dizem estar muito contentes e surpresos:

“Foi algo inesperado para nosso grupo, tendo em vista a magnitude do evento e dos profissionais que participam, embora saibamos da importância do nosso trabalho. Além disso, tem um impacto muito relevante no nosso processo formativo, pois demonstra o reconhecimento dos nossos estudos e produções. O que aponta que estamos no caminho correto para exercer nossa atividade profissional. Com isso, motiva-nos ainda mais para o enfrentamento às adversidades que são encontradas na área de Atividade Física Adaptada, fazendo com que busquemos ser ainda melhor a cada dia”, frisaram.

Mas aproveitam para destacar o quanto é importante durante a graduação o envolvimento com atividades conectadas à área de formação. Como estímulo fazem uma recomendação: “É fundamental o envolvimento dos alunos com grupos de estudos, pois os conhecimentos adquiridos nos espaços, para além da sala de aula, são fundamentais para a garantia e efetivação da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, proporcionando uma aprendizagem significativa e com o poder de modificação social. No nosso caso, foi graças à participação no grupo de estudo que o projeto foi desenvolvido e o trabalho produzido, Então, a premiação está atrelada ao GEEAMA”, enfatizaram.

Ressaltam que a premiação vem como um bônus, mas consideram que o mais importante é buscar sempre fazer o melhor possível com as condições que se tem. “Foram muitos desafios enfrentados, mas conseguimos extrair bons frutos para o nosso processo de formação acadêmica e pessoal”, disseram Natálha e Renato, destacando a positividade das ações desenvolvidas.