Estudantes da Ufal são destaques na Bienal de Matemática

O evento aconteceu em Juazeiro do Norte no final de fevereiro
Por Lenilda Luna - jornalista
19/03/2019 08h05 - Atualizado em 19/03/2019 às 11h09
Grupo da Ufal na Bienal de Matemática. Foto: Arquivo Pessoal

Grupo da Ufal na Bienal de Matemática. Foto: Arquivo Pessoal

Cerca de 30 estudantes dos cursos de Matemática dos campi A. C. Simões e Arapiraca participaram da 9ª Bienal de Matemática, realizada em Juazeiro do Norte de 25 a 28 de fevereiro. Os estudantes apresentaram pôsteres ilustrando trabalhos desenvolvidos em disciplinas dos cursos, na monitoria, no projeto de extensão Sem Mais nem Menos, do Instituto de Matemática (IM-Ufal), e nos programas de iniciação científica (Pibic) e à docência (Pibid)

Além da participação dos estudantes, a professora Viviane Oliveira, que também é coordenadora do Curso de Matemática Licenciatura, e a professora Erenilda Albuquerque, mestra em matemática pelo Profmat-Ufal e professora da Educação Básica nas redes municipal e estadual, ministraram a oficina Atividades para trabalhar a matemática nas disciplinas, com experiências do projeto de extensão coordenado por Viviane. 

O professor Hilário Alencar, do instituto de Matemática (IM) da Ufal, que é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento (TWAS), fez parte do Comitê Científico da Bienal. O professor ainda ministrou a palestra O uso de figuras para 'provar' algumas fórmulas de matemática e participou da mesa redonda intitulada Profmat: Impactos e Desafios na Educação Básica. O Profmat é o mestrado profissional em Matemática, aplicado em rede nacional, criado com a participação do professor Hilário. 

Delegação alagoana 

O primeiro desafio para a participação da delegação dos estudantes foi a garantia do transporte. “Muitos estudantes não participam dos eventos fora do Estado por não terem condições de arcar com os custos da viagem. Mas conseguimos um ônibus da Ufal que nos levou ao evento. Aliás, vale destacar que a Ufal tem colaborado bastante com o transporte e também com o auxílio que os estudantes recebem”, ressaltou a professora Viviane. 

Os alunos que fazem parte do projeto de extensão Sem Mais nem Menos, já estavam com trabalhos prontos para apresentar. “Mas percebi que outros estudantes tinham trabalhos que poderiam submeter ao evento. Alguns participaram do Matfest 2018 com apresentação oral. Foi a primeira que tivemos esse espaço de Comunicações Orais no Matfest, e aproveitamos também para divulgar a Bienal neste espaço. Além disso, divulgamos no Facebook da coordenação de Matemática e durante as aulas do curso”, relata a professora. 

Viviane destaca a importância da participação dos estudantes na Bienal. “Nesses eventos é possível adquirir novos conhecimentos e possibilita uma interação entre estudantes e profissionais da área. Além disso, há o benefício da troca de ideias e experiências, possibilitando a divulgação e compartilhamento dos trabalhos desenvolvidos pelo Instituto de Matemática da Ufal”, destacou a coordenadora da licenciatura. 

Troca de experiências 

Para estudantes universitários, é sempre uma grande experiência participar de eventos na área de estudo. A delegação da Ufal aproveitou a oportunidade de intercâmbio com colegas de outras universidades. “Tive a oportunidade de uma experiência nova na minha vida. por conhecer outros trabalhos como os dos meus próprios companheiros da Ufal e de pessoas de outros estados, fazendo surgir ideias novas para um evento futuro", disse George Tavares da Silva, estudante do Curso de Matemática Licenciatura do Campus A. C. Simões, que apresentou o trabalho Propriedades das Cônicas e suas aplicações

Os trabalhos apresentados pelos estudantes relataram experiências em escolas públicas de Alagoas. “Apresentei, na categoria pôster, para pessoas de diferentes lugares do Brasil, o jogo ‘TrilhaMat Esporte', elaborado por mim e pelos integrantes do projeto de extensão Sem Mais nem Menos. O objetivo é mostrar aos alunos da Educação Básica que a matemática está presente em tudo a nossa volta e não apenas dentro da sala de aula”, relatou Elison Antônio dos Santos, estudante da licenciatura. 

Mesmo quem não apresentou trabalhos, destacou a chance de assistir palestras que contribuíram para a formação acadêmica. "Participar da Bienal é importante para a vida acadêmica, para poder ter novas experiências, vendo trabalhos apresentados e podendo trocar experiências", disse Janaina Rodrigues de Miranda, também do curso de Matemática Licenciatura em Maceió. 

Incentivar a participação 

O Instituto de Matemática da Ufal tem um histórico relevante de participação em eventos científicos nacionais e internacionais. Segundo a professora Viviane, os incentivos para isso são priorizados no curso. “Uma participação maior de estudantes tem sido registrada nos últimos anos devido aos projetos que estão funcionando e algumas mudanças no curso de Matemática Licenciatura”, declara. 

Para além da sala de aula, a coordenadora de licenciatura destaca que os projetos de extensão e de pesquisa ampliam os conhecimentos. “Os estudantes estão tendo possibilidade de desenvolver trabalhos próprios. Desta forma, docentes e estudantes podem compartilhar seus resultados também em eventos. Nesta Bienal, tivemos trabalhos de projetos de extensão, pesquisa, monitoria, além de trabalhos que foram desenvolvidos pelos alunos em disciplinas do curso”, finalizou Viviane. 

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