Representantes da Ufal participam de congresso em defesa do Velho Chico

Evento aconteceu na Ilha do Fogo entre os dias 1º e 3 de abril e reuniu aproximadamente 500 pessoas


11/04/2016 11h17 - Atualizado em 03/05/2024 às 13h05
Participantes fizeram ato às margens do Velho Chico

Participantes fizeram ato às margens do Velho Chico

David Cardoso – estudante de Jornalismo

Alunos do curso de Engenharia de Pesca, da unidade de Penedo da Universidade Federal de Alagoas, pertencentes ao Núcleo de Desenvolvimento em Extensão Territorial (Nedet) participaram do Congresso de Pescadores e Pescadoras Artesanais da Bacia do Rio São Francisco, que aconteceu entre os dias 1º e 3 de abril na Ilha do Fogo, que fica entre as cidades de Petrolina, no Sertão de Pernambuco e Juazeiro, na Bahia.

Reforçando a luta dos pescadores em busca de um São Francisco vivo e revitalizado, o evento teve como tema Grito do rio e seu povo na busca do bem viver!. Foram debatidos temas como: a acentuação do processo de morte do rio, o incentivo do governo ao agro e hidronegócio, as barragens, a transposição e a privatização dos corpos d’água.

O professor Ticiano Oliveira, do curso de Engenharia de Pesca em Penedo também acompanhou o grupo no congresso que contou com a participação de aproximadamente 500 pessoas. Entre os presentes haviam organizações de movimentos sociais e delegações vindas dos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Minas Gerais. O estudante Marivaldo Silva, destacou a importância do papel desempenhado pela Universidade. “É papel da Universidade abrir-se à sociedade, ouvir seus anseios, compartilhar os conhecimentos obtidos, mas sobretudo contribuir com um modo menos desigual e excludente. Dessa forma as populações que dependem direta e indiretamente do Rio São Francisco, passarão a vê-lo como um rio para todos e não para poucos, sem cercas ou agressões a suas águas”, destacou.

Foram realizadas oficinas temáticas que debateram temas diversos, entre eles: Identidade e territórios pesqueiros no Rio São Francisco; Gestão e sustentabilidade da pesca artesanal no Rio São Francisco; Vazão ecológica e os grandes projetos; Projeto de revitalização x revitalização popular do Velho Chico; Soberania alimentar, agroecologia e pesca; Garantias de direitos e acesso a políticas públicas; Mudanças climáticas/impactos e resistências e; Impactos da poluição na saúde das comunidades pesqueiras no Rio São Francisco.

Ao fim do evento foi elaborada uma carta que será apresentada à sociedade e ao Governo Federal.