Estudante de Música representa Ufal em festival internacional na Paraíba

Felipe Rodrigues diz que é importante colocar a Universidade no cenário dos festivais fora do Estado


- Atualizado em
Felipe, à direita, com a turma de piano do festival | nothing
Felipe, à direita, com a turma de piano do festival

Diana Monteiro – jornalista

Crescer recebendo influência musical no ambiente familiar, especialmente da avó materna, foi marcante na trajetória e escolha acadêmica para o futuro profissional de Felipe Rodrigues Gusmão, aluno do curso de graduação de Música da Universidade Federal de Alagoas e da Escola Técnica de Artes (ETA), onde estuda piano clássico. Sua trajetória levou Felipe a representar a instituição na edição 2015 do Festival Internacional de Música de Campina Grande, na Paraíba, e o êxito de sua participação começou na inscrição para o evento.

Ao fazer a inscrição, Felipe foi avaliado e selecionado pela comissão organizadora do evento por meio de uma apresentação de um vídeo mostrando sua maestria no piano, instrumento que toca desde pequeno. A vida acadêmica de Felipe Rodrigues, que cursa o 5º período do curso de Música, é marcada pela dedicação e por atividades, tidas por ele, como importantes para sua formação profissional e para os degraus que diz querer galgar como estudioso da área, de olho na academia onde almeja seguir carreira docente.

Felipe reforça a influência da avó Jacy Rodrigues dos Santos em sua trajetória de vida. “Minha avó pertencia ao coral de uma igreja e sempre me levava. Eu comecei a tocar teclado com seis anos de idade acompanhando o coral”, enfatizou.

O estudante pretende disseminar a área que abraçou, a música, junto à sociedade, especialmente, para estudantes. Como ele mesmo diz, fazendo a ponte da universidade com o ensino público. Com a futura pós-graduação na área pretende estimular o ensino da música no Estado, com a finalidade de contemplar níveis diferenciados de escolaridade. “Há um vácuo no ensino local das artes que se depara com vários obstáculos e, um deles, bastante conhecido, é a falta de uma estrutura adequada para o aprendizado de forma geral”, destacou.

Na certeza do que quer como futuro profissional da área, Felipe já começou a dar os primeiros passos para percorrer o caminho para o tão sonhado objetivo e realização profissional. Como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) de Música, ele participa de um projeto de extensão, coordenado pelo professor Marcos Moreira, tendo como público-alvo estudantes da Escola Estadual Théo Brandão.

Como aluno de piano clássico, integra atividades promovidas para estudantes do ensino médio pelo professor de artes, Vanilson Coelho, da ETA e da rede estadual escolar. “Participo tanto da execução do conteúdo teórico e prático sobre música, como também do ensino prático com instrumento e voz”, disse Felipe Rodrigues. Ele faz um destaque à dedicação do corpo docente dos cursos que participa na Ufal pelo compromisso que tem com a formação qualificada dos alunos.

Sobre a participação nesse evento de referência na área, como é o Festival Internacional de Inverno de Campina Grande, Felipe considera uma experiência enriquecedora pelo alto nível dos professores e pelo conteúdo oportunizado. Ele aproveita para citar a Ufal no contexto musical: “É importante colocar a Universidade Federal de Alagoas também no cenário dos festivais de música fora do Estado", enfatizou.

Felipe também faz um destaque sobre o novo olhar da instituição para o horizonte musical local, citando como exemplo o Femufal [Festival de Música], que em 2016 realizará a 7ª edição. “É um evento muito importante por valorizar e oportunizar a participação de quem como eu, tem interesse nessa área”, enfatizou, com a certeza de que é na arte musical onde está a sua realização pessoal e profissional.