Em especial, estudantes falam sobre a maternidade

Três alunas dividem suas experiências e representam as demais, que já são mães, e estudam na Universidade Federal de Alagoas


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Emanuele Divino e Keila Oliveira - estudantes de Jornalismo

Neste segundo domingo do mês de maio, o calendário aponta uma data especial: a comemoração do dia das mães. E, como dizem, ser mãe é padecer no paraíso. É assim, mas também é mais que isso. Para essas três histórias que vamos acompanhar a seguir, ser mãe é um misto de sensações, mas uma coisa é certa: nada é tão importante quanto o amor de seus filhos. A Universidade Federal de Alagoas, por meio dos relatos abaixo, homenageia todas aquelas estudantes que, hoje, além de cuidar e dedicar-se aos estudos, são mulheres fortes, poderosas e guerreiras: são mães! Acompanhe.

A estudante do curso de Letras, Radjane Morais, hoje com 26 anos, diz que a experiência de ser mãe é única, inexplicável, sem palavras que possam descrever tal sensação. E, ao ver o rosto de seu filho pela 1ª vez, sentiu-se sublime. “Foi mágico”, diz Radjane. Como foi mãe aos 20 anos, teve que abrir mão da vida acadêmica para se dedicar a Mickael, hoje com 5 anos. “Assim que ele nasceu, me separei do pai dele, e entre uma coisa e outra na minha vida, esse é um dos motivos pelo meu filho não poder morar comigo”.

Entre a dinâmica de ser mãe e estudante, Radjane tenta ao máximo fazer o equilíbrio entre as duas coisas. As vezes sente-se frustrada por não poder tido o prazer de acompanhar as melhores fases de Mickael e seu dia a dia. Mas, como uma mãe carinhosa que é, sempre que possível está junto à sua cria. “Não ligo para o materialismo do dia das mães. Meu maior presente seria estar morando com ele, o que venho lutando para que um dia isso seja possível”, disse.

Patrícia: batalhadora e decidida

A luta de Patrícia Brasil também é grande. Após ingressar em seis faculdades e de não ter conseguido cursar nenhuma vez, dessa vez ela disse que vai dar certo. Cursando o 1º período de Relações Públicas, Patrícia é uma vitoriosa. Sempre sonhou em ser mãe, e diz que nasceu para isso. Teve seu primeiro filho aos 22 anos e desde então vem lutando para ter êxito em sua profissão mais completa: ser mãe.

Desde a infância teve de lidar com o fato de ser diabética e vencer essa batalha diária. Sente-se uma vitoriosa e agraciada por Deus por ele ter lhe dado chance a enfrentar toda e qualquer adversidade de cabeça erguida. Ao enfrentar a doença do filho Tiago e as complicações que Lara teve ao nascer devido a sua diabetes, viu que o que a vida lhe propôs: enfrentar tudo de peito aberto e cabeça erguida.

Mesmo sem o apoio da família e do pai das crianças, Patrícia retomou os estudos, cuida dos filhos e de sua casa, se mantendo como pode e do pouco da pensão que recebe. “Não me arrependo de ter sido mãe tão cedo. Aproveitei muito minha juventude. São eles e por eles que hoje estou aqui. Sou coruja, tenho uma relação excelente com eles, mas não passo a mão na cabeça deles por qualquer coisa”, revelou.

Seu laço com a maternidade é tão forte que ela comemorou o seu 1º dia das mães quando Tiago ainda estava no seu ventre. E, como ela própria disse, o dia das mães é mágico, terno, e a envaidece ainda mais quando olha para eles e vê-se uma fortaleza.

"Ser mãe é ser guerreira"

A terceira história é a da estudante de Educação Física, Vitória Nascimento. Ela contou sobre sua experiência ao ser mãe aos 17 anos. Quando descobriu que estava grávida, ficou em choque. Inicialmente, sua família ficou abalada com a notícia, pois a consideravam muito nova para tal responsabilidade, mas segundo ela, tudo se resolveu, e conforme a gestação ia progredindo, recebeu muito mimo e carinho de seus parentes e assim, ela pôde aproveitar cada momento de sua gravidez.

Sobre lidar com o novo momento, Vitória comentou que foi tudo muito maravilhoso e não se preocupou com nada. “Não interrompi meus estudos, fui até os nove meses e, depois que minha filha Maria Letícia nasceu, terminei o ensino médio". Para ela, tudo mudou mesmo quando se tornou mãe, pois ficou mais madura e responsável. “Minha filha é minha vida, é a coisa mais maravilhosa que Deus pôde me dar, eu aproveito cada momento com ela. Hoje, o significado de mãe é outro, eu definiria a palavra mãe como uma GUERREIRA, pois não há nada impossível para uma mãe quando o objetivo é o bem estar de seu filho", concluiu a estudante.