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Aperfeiçoamento em Crack e outras drogas

 I – IDENTIFICAÇÃO

Curso de Aperfeiçoamento em Crack e outras drogas

 MODALIDADE: modular, teórico-prático e presencial

DIAS: 6ª Feira (8:00-18:00h) e Sábado (8:00-12h)

 C.H.:  60h

 PÚBLICO ALVO: profissionais de saúde de Hospitais Gerais

 Total de vagas: 60 alunos

 SEMESTRE/ANO: 1º semestre de 2011

 CORPO DOCENTE: Erikson Felipe Furtado , Clarissa M. Corradi-Webster, Suzzana Bernardes, Evaldo Melo Oliveira           

 PRÉ-REQUISITOS: Profissionais de saúde de Hospitais Gerais dos municípios alvos

 II – EMENTA

Estudo de conceitos básicos relacionados ao uso de álcool, crack e outras drogas, identificação do padrão de consumo, redução de danos, rede de atenção à saúde, efeitos e agravos clínicos do uso crônico, identificação de gravidade e condutas clínicas em abstinência e intoxicação ao álcool, crack e cocaína e acolhimento ao usuário de crack e outras drogas no hospital geral, considerando a atenção psicossocial e políticas nacionais sobre drogas no âmbito do Sistema Único de Saúde.

 

III – OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 

O aluno deverá ser capaz de:

1.    Reconhecer a epidemiologia, política e legislação brasileira sobre drogas;

2.    Conhecer a rede de atenção integral voltada às pessoas em uso de Crack, álcool e outras drogas;

3.    Caracterizar os diferentes padrões de uso de álcool e outras drogas;

4.    Descrever os efeitos e as conseqüências do uso de álcool e outras drogas;

5.    Conhecer as diferentes abordagens psicossociais para pessoas com uso de álcool e outras drogas;

6.    Atuar junto às pessoas com uso de álcool e outras drogas na lógica da redução de danos e da clinica ampliada;

7.    Identificar a abstinência, a intoxicação e complicações  diante do uso do crack, álcool e cocaína;

8.    Desenvolver condutas clínicas em quadros de abstinência e intoxicação causada pelo uso do crack, álcool e outras drogas

9.    Acolher a pessoa que faz uso de crack e outras drogas no hospital geral

MÓDULOS, CONTEÚDO E CARGA HORÁRIA

Epidemiologia, Política e Legislação sobre drogas e Rede de Atenção Integral

1.1   Introduzindo a problemática do uso de drogas: uma questão de saúde coletiva;

1.2   Conhecendo a epidemiologia do uso de drogas no Brasil;

1.3   Promovendo o conhecimento das políticas nacionais e locais voltadas para a atenção integral para pessoas que fazem uso de álcool e outras drogas;

1.4   Conhecendo a rede de atenção integral voltada às pessoas em uso de crack, álcool e outras drogas;

 

II

Efeitos e conseqüências dos diferentes padrões de uso de álcool e outras drogas

2.1 Conhecendo os efeitos e conseqüências do uso das drogas (álcool, tabaco, cocaína e crack, cannabis, anfetamina, alucinógenos)

2.2 Identificando as drogas depressoras, estimulantes e perturbadoras e seus efeitos sobre o ser humano

2.3  Identificando os padrões de uso de álcool e /ou outras drogas;

2.4 Monitorando o uso de substâncias psicoativas por meio de análises toxicológicas;


III 

Abordagens psicossociais às pessoas em uso de crack, álcool e outras drogas

3.1 Conhecendo a redução de danos enquanto diretriz de cuidado e atenção no âmbito do SUS

3.2 Referencial teórico e técnico para a atenção ás pessoas em sofrimento psíquico (o trabalho no território, a clínica ampliada e centrada no sujeito)

3.2 Conhecendo as diferentes abordagens psicossociais às pessoas em uso de crack, álcool e outras drogas:

a) relação de ajuda

b) entrevista motivacional

c) intervenção breve

d) prevenção de recaída

IV

 A abstinência, a intoxicação e suas complicações  diante do uso do crack, álcool e cocaína

4.1 Identificando a abstinência, a intoxicação e suas complicações diante do uso de crack, álcool e cocaína

4.2 Conhecendo os efeitos e agravos do uso crônico, intoxicação aguda e abstinência

     

V

 Desenvolver condutas clínicas em quadros de abstinência e intoxicação por crack, álcool e outras drogas

 

5.1 Conhecendo as condutas clínicas em quadros de abstinência e intoxicação;

5.2 Aplicando as condutas clínicas em quadros de abstinência e intoxicação

5.3 Conhecendo o manejo e abordagem de pessoas em uso de crack e outras drogas;

5.4 Aplicando o acolhimento à pessoa que faz uso de crack, álcool e outras drogas em hospital geral.

V - METODOLOGIA DE ENSINO

Os conteúdos serão abordados através de Metodologias Ativas:

 1.    Problematização

2.    Vivências de grupo

3.    Hole playing

4.    Mapa Falante

5.    Dramatização

6.    Exposição oral e dialogada

7.    Leitura e discussão de textos

8.    Seminários

9.    Estudo de caso

10. Filmes

  

VII - METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada através da:
a) Aplicação de pré e pós teste de conhecimento;
b) Frequência;
c) Elaboração de Proposta de Intervenção;
d) Participação em Seminário Integrativo.

 

VIII – REFERÊNCIAS

AMARANTE, P., Loucos pela Vida. A trajetória da Reforma Psiquiátrica no Brasil, Rio de

Janeiro: Fiocruz, 1995.

 

AMARANTE, P., Psiquiatria Social e Reforma Psiquiátrica. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1998. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

 

BABOR TF, HIGGINS-BIDDLE JC. Intervenções breves para uso de risco e uso nocivo de álcool: manual para uso em atenção primária. Tradução de Clarissa Mendonça Corradi. Ribeirão Preto: PAI-PAD; 2003.  

 

BABOR TF, HIGGINS-BIDDLE JC, SAUNDERS JB, MONTEIRO MG. AUDIT: teste para identificação de problemas relacionados ao uso de álcool: roteiro para uso em atenção primária. Tradução de Clarissa Mendonça Corradi. Ribeirão Preto: PAI-PAD; 2003.

      

BRASIL. Lei n.º 10.216/2001, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Poder legislativo. Brasília, DF, D.O. Eletrônico de 09 abr. 2001a. p. 2. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/LEIS_2001/L10216.htm>. Acesso em 24 mai. 2009.

 

BRASIL. Portaria n.º 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002. Define e estabelece diretrizes para o funcionamento dos Centros de Atenção Psicossocial. Estes serviços passam a ser categorizados por porte e clientela, recebendo as denominações de CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi e CAPSad, definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional. Diário Oficial União, Poder Executivo. Brasília, DF, n. 34, 20 fev. 2002. Seção 1, p. 22-3. Disponível em <http://www.inverso.org.br/index.php/content/view/4125.html>. Acesso em: 24 mai. 2009.

 

BRASIL. Clínica ampliada: equipe de referência e projeto terapêutico singular. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 60 p.(Série B. Textos Básicos de Saúde).

 

BRASIL. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 44 p. : il. color. – (Série B. Textos Básicos de Saúde).

 

BRASIL. Manual de Redução de Danos. Brasília: Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS, 2001.

 

CORDEIRO, D. C.; FIGLIE,N. B.; LARANJEIRA, R.(org.). Boas práticas no tratamento do uso e dependência de substâncias. São Paulo: Roca, 2007.

 

CORRADI-WEBSTER, C. M. ; MINTO, Elaine Cristina ; AQUINO, Fabrízia Maria C de ; ABADE, Flávia ; YOSETAKE, Lincoln Luiz ; GORAYEB, Ricardo ; LAPREGA, Milton Roberto ; FURTADO, E. F. . Capacitação de profissionais de Programa de Saúde da Família em estratégias de diagnóstico e intervenções breves para o uso problemático de álcool. Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas, Ribeirão Preto, SP - Brasil, v. 01, n. 01, p. art 3, 2005.

 

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2ª ed, Porto Alegre: Artmed, 2008.

 

DIEHL, Alessandra, CORDEIRO, Daniel Cruz e LARANJEIRA, Ronaldo e cols. Tratamentos farmacológicos para dependência química. ARTMED, 1ª Ed, 2010, 396p. ISBN: 9788536321646.

 

DIEHL, Alessandra, CORDEIRO, Daniel Cruz e LARANJEIRA, Ronaldo e cols. Dependência Química: Prevenção, Tratamento e Políticas Públicas. ARTMED, 1ª Ed, 2010.

 

ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO (org). Textos de Apoio em Saúde Mental. Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2003.

 

FERNANDES, Érica Santos ; VIZIOLI, Caroline Somera ; ABADE, Flávia ; LOPES, Jane Moraes ; FURTADO, E. F. . Importância da inclusão de estratégias de rastreamento e intervenções breves na Educação Médica. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, p. 235-235, 2005.

FIGLIE, Neliana Buzi; BORDIN, Selma; LARANJEIRA, Ronaldo. Aconselhamento em Dependência Química. Editora Roca, 2ª Ed, 2010.

 

FURTADO EF. Implementação de estratégias de diagnóstico e intervenções breves para problemas relacionados ao álcool em serviços de atenção primária na região de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto: PAI-PAD/FMRP-USP; 2003. Relatório Técnico PAI-PAD/OMS-Brazil-rp-01/2003.   

 

MARLATT, A. G. Redução de Danos: estratégias práticas para lidar com comportamentos de alto risco. trad. Daniel Bueno.Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

 

MILLER, W. R.; ROLLNICK, S. Entrevista Motivacional: preparando as pessoas para a mudança de comportamentos adictivos. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

 

MIRANDA, C.F.; MIRANDA, M.L. Construindo a relação de ajuda. Belo Horizonte: Crescer, 2002.

 

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, Trad: Maria Cristina Monteiro, Classificação dos Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10. Diretrizes Diagnósticas e de Tratamento para Transtornos Mentais em Cuidados Primários. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

 

________. Relatório sobre a saúde no mundo 2001: Saúde mental: nova concepção, nova esperança. Genebra: Organização Mundial da Saúde, 2001. 150p.

SECRETARIA NACIONAL ANTIDROGAS. Sistema para detecção do uso abusivo e dependência de substâncias psicoativas: encaminhamento, intervenção breve, reinserção social e acompanhamento. Brasília: SENAD, 2006.

 

SUDBRACK, M.F.O. “Construindo Redes Sociais: metodologia de prevenção da drogadição em adolescentes de famílias de baixa renda do Distrito Federal, cap. in Macedo, R.M. Família e Comunidade”. Cadernos da ANPPEP, São Paulo, 1997.

 

 

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